O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 15 de março, notícia baseada em entrevista com o presidente do Conselho de Administração da Credicitrus, Marcos Lourenço Santin. A íntegra da matéria é transcrita a seguir.
Economia/Agronegócios
Credicitrus vê novas incorporações no horizonte
A Credicitrus, com 150 mil cooperados, dos quais 70 mil do campo, fechou 2020 com carteira de R$ 3,88 bilhões, 26% acima de 2019
Redação, O Estado de S. Paulo
15 de março de 2021 | 05h20
A Credicitrus, uma das maiores cooperativas de crédito do País, planeja novas incorporações para viabilizar planos de expansão. “Temos algumas opções no radar”, conta, sem dar mais detalhes, Marcos Lourenço Santin, presidente do Conselho de Administração da Sicoob Credicitrus. A última aquisição, da Credicoonai, ocorreu em novembro. A cooperativa de Franca (SP) é forte na oferta de crédito para leite e café e conta com 50 mil associados.
A Credicitrus, com 150 mil cooperados, dos quais 70 mil do campo, fechou 2020 com carteira de R$ 3,88 bilhões, 26% acima de 2019, sendo R$ 1,438 bilhão, ou 37% do total, aplicado em crédito rural. Neste ano, quer voltar a crescer 26%, tanto em carteira como em captações. “As cooperativas crescem nas crises, pois precisam atender cooperados”, diz. “Nos preparamos para ser refúgio em um cenário instável”.
Onda. Para Santin, é “inevitável” a consolidação de cooperativas de crédito no Brasil, dada a pulverização do ramo. Hoje, são 827 no País. Com a crescente demanda por crédito no mercado, do setor agropecuário inclusive, as instituições precisam ganhar escala e eficiência, o que é acelerado com incorporações. Na união de Credicitrus e Credicoonai pesou também a complementaridade de atividades atendidas entre cada uma delas (citros e cana pela primeira, leite e café pela segunda), que deve gerar negócios em períodos diferentes do ano.
No azul. A Credicitrus cresceu de forma expressiva no ano passado. A captação de recursos, entre depósitos à vista e aportes de longo prazo, aumentou 44% e chegou ao total de R$ 5,331 bilhões. Do R$ 1,438 bilhão emprestado ao setor agropecuário, em torno de R$ 1 bilhão foi captado das aplicações de associados em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). A cooperativa também distribuiu um volume recorde de sobras (lucro) entre os seus cooperados, R$ 209 milhões, 20,6% acima do ano anterior.