O cooperativismo é um modelo de negócios que recebeu grande visibilidade nos últimos anos. Atualmente, no Brasil, são mais de 18,8 milhões de usuários desse sistema, de acordo como o relatório “AnuárioCoop 2022 – Dados do Cooperativismo Brasileiro”, do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil).

A proposta da cooperação nos serviços financeiros, por exemplo, traz uma nova dinâmica para o mercado, o que pode ser de grande contribuição para o desenvolvimento social e econômico do país. Afinal, se uma pessoa cresce, a sua parceira também. Desse modo, todos podem prosperar.

Neste post, entenda melhor o conceito de cooperativismo, como funciona e porque é vantajoso!

O que é o cooperativismo?

Como o próprio nome sugere, essa é uma rede de cooperação entre diferentes pessoas que apresentam interesses semelhantes. Desse modo, é possível que um indivíduo auxilie o outro para atingir os objetivos e todos cresçam de forma coordenada.

O conceito de cooperativismo teve início na cidade de Rochdale, na Inglaterra, ainda no século XIX. Tudo começou com a criação conjunta de um armazém. Nesse caso, foram 27 pessoas envolvidas no negócio, desde a fase de planejamento até a rotina de trabalho.

Conforme a loja dava resultados, o grupo repartia os valores igualmente, de modo que, com o passar do tempo, a sociedade evoluiu para mais de 3.000 parceiros.

Ao observar o sucesso da cooperação no desenvolvimento dos negócios, diversos países refinaram esse conceito e, com isso, foi originado o cooperativismo. Na prática, ele tornou-se um modelo de negócios em que várias pessoas se ajudam em prol de um objetivo em comum.

Esse é um conceito importante na valorização do desenvolvimento social, cultural e econômico. Além disso, pode ser aplicado tanto entre pessoas (as cooperativas de trabalhadores) como em empresas (as cooperativas de consumo).

Como ele funciona?

Na prática, o cooperativismo atua como uma empresa comandada por diferentes sócios. A sociedade é formada com o objetivo de prestar serviços uns aos outros, a fim de movimentar a economia comum e alcançar objetivos e resultados mais expressivos.

Todas as decisões tomadas em cooperativas devem se basear na Política Nacional de Cooperativismo, regulamentada pela Lei 5.764/71.

Desse modo, por mais que exista a autonomia no planejamento e na gestão dos negócios entre os cooperados, ainda existem algumas diretrizes a serem seguidas para atender aos interesses pessoais e coletivos.

Quais os 7 princípios do cooperativismo?

Para entender melhor a proposta do cooperativismo, é interessante salientar que o conceito conta com 7 princípios.

Adesão voluntária e livre

Nenhum cooperado é obrigado a participar do cooperativismo. Essa é uma filosofia de negócios totalmente livre e, para fazer parte dos grupos, é preciso ter em mente que a adesão é inteiramente voluntária.

As cooperativas são modelos de negócios disponíveis para todos aqueles que desejam, voluntariamente, aceitar as responsabilidades de sociedade, independentemente de gênero, etnia, valores, classes sociais etc.

Gestão democrática

As decisões são tomadas em conjunto no cooperativismo. Para que sejam priorizados os interesses comuns da cooperativa, é preciso que essa gestão seja o mais democrática possível, com a participação de todos os membros.

No geral, são realizadas assembleias, com eleições e espaço para que todos os integrantes expressem as suas opiniões. Em cooperativas de tipo singular, os votos são iguais entre os sócios.

Participação econômica

Todos os associados fazem uma contribuição econômica para a cooperativa, que no caso das cooperativas de crédito seriam os aportes no Capital Social. A gestão financeira é feita de forma justa e democrática no cooperativismo, com o objetivo de:

  • favorecer o desenvolvimento da cooperativa;
  • oferecer suporte para as atividades decididas entre os sócios;
  • repartir o restante.

Vale destacar que o lucro, conhecimento como sobras no universo cooperativista, se torna uma propriedade da cooperativa. A partir disso, a decisão de como dividi-lo e aproveitá-lo é tomada em conjunto. No geral, é priorizado o investimento no crescimento do grupo.

Autonomia e independência

As cooperativas também não abrem mão da autonomia dos negócios, principalmente diante das escolhas de firmar parcerias e acordos com outras empresas. Esse é um ponto que revela a independência do cooperativismo.

No entanto, é importante salientar que o cooperativismo não deixa de lado o apoio mútuo por meio de acordos que preservem essa autonomia e independência em todas as atividades.

Educação, formação e informação

Toda boa administração, seja individual ou em grupo, precisa partir de conhecimentos sólidos. Por isso, uma das propostas do cooperativismo é promover treinamentos para seus associados, colaboradores, representantes, gestores e público-geral, com informações sobre o que é e quais são os benefícios da cooperação.

Intercooperação

É importante que uma pessoa contribua com a outra dentro do cooperativismo, oferecendo aquilo que tem de melhor. Desse modo, a proposta de intercooperação não poderia deixar de fazer parte dos principais objetivos desse conceito.

Isso vale também entre as cooperativas. Diferentes negócios podem intercooperar entre si, por meio de Confederações, Federações e outros modelos, ultrapassando limites geográficos, sociais e culturais.

Compromisso com a comunidade

Como visto, é importante entender o que o cooperativismo se propõe a fazer. Somente assim é possível compreender se o compromisso com a comunidade é genuíno e tem o objetivo de colaborar para o crescimento conjunto.

A proposta do cooperativismo é proporcionar um desenvolvimento sustentável para as pessoas que participam do grupo e para o meio ao redor. Desse modo, expande-se do micro para o macro, conquistando cada vez mais resultados que beneficiam o coletivo.

Quais os tipos de cooperativas?

O cooperativismo pode ser colocado em prática de diversas maneiras. Por esse motivo, existem também diferentes tipos de sociedades que utilizam esse conceito para a gestão de negócios.

Compreender como o cooperativismo pode ser aplicado em diferentes estruturas também é um ponto relevante para visualizar o conceito na prática. Sendo assim, confira os principais tipos de cooperativas!

Educacionais

As cooperativas educacionais têm como principal objetivo a propagação de práticas de ensino em escolas e demais organizações. Desse modo, voltam-se para a qualidade das aplicações pedagógicas e a valorização da figura do professor. Geralmente, esse tipo de cooperativismo é composto por docentes, pais de alunos e alunos.

De consumo

As cooperativas de consumo, por sua vez, estão relacionadas ao desenvolvimento e à comercialização de bens de consumo. Por conta disso, costumam ter atuação no varejo, principalmente com produtos essenciais para as pessoas, como os ramos de alimentação, vestuário, transporte etc.

De trabalho

A união de profissionais especializados em diferentes áreas que se juntam para a prestação de serviços terceirizados é chamada de cooperativismo de trabalho. Vale lembrar que esse tipo de cooperativa precisa atender também ao que diz a Lei 12.690/12.

De saúde

De forma semelhante, existe a reunião de profissionais de saúde de diferentes áreas, com o objetivo de prestar serviços de cuidados com o bem-estar e atenção à saúde da população.

Desse tipo de cooperativa, podem surgir clínicas, planos de saúde e vários outros serviços que se propõe a oferecer atendimento humanizado e cuidados de qualidade.

De produção

Ao lado das cooperativas de consumo, existem as de produção. Esse é o caso do cooperativismo voltado para a fabricação de bens, que ocorre por meio da coordenação do planejamento, da gestão, da operação e da distribuição por diferentes cooperados.

De crédito

Há também as cooperativas de crédito, voltadas para oferecer produtos e serviços financeiros como, por exemplo, linhas de crédito, financiamentos, investimento, consórcios, seguros etc. Desse modo, é possível trabalhar com taxas mais competitivas com o que já existe no mercado, diferenciando-se dos serviços financeiros tradicionais.

Vale lembrar que as cooperativas de crédito obedecem a todas as regulamentações do Sistema Financeiro Nacional e do Banco Central do Brasil. A Credicitrus é um exemplo de cooperativa de crédito. A instituição surgiu para ser o braço financeiro da Coopercitrus (então Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo, hoje Cooperativa de Produtores Rurais).

Com o passar dos anos, tornou-se uma cooperativa de crédito de livre admissão, aceitando pessoas físicas e jurídicas dos mais variados segmentos e ofertando diversos produtos e serviços financeiros, como:

  • conta corrente;
  • empréstimos e financiamentos;
  • investimentos;
  • seguros;
  • cartões;
  • consórcios;
  • e muito mais.

Agora que você já sabe o que é o cooperativismo, como esse modelo de negócios se estrutura e quais são os diferentes tipos de cooperativas, é possível compreender porque esse conceito se expandiu tanto nos últimos anos.

Quer saber como fazer parte desse sistema de cooperação? Entre em contato com a Credicitrus e tire as suas dúvidas!

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